Scarlett Johansson estreia como diretora com tributo à avó e falando de intergeracionalidade
- 05/10/2025

Uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood, Scarlett Johansson – que vai fazer 41 anos em novembro – acumula três décadas de carreira e cerca de 40 papéis no cinema. Após algumas incursões no universo dos curtas-metragens, estreia como diretora do longa “Eleanor the great” (“Eleanor, a grande”). Lançado no Festival de Cannes, onde recebeu cinco minutos de aplausos, o filme acaba de entrar no circuito de exibição nos Estados Unidos e é um tributo à sua avó, Dorothy Sloan: “Ela era professora e também minha melhor amiga. Éramos como irmãs e falávamos de tudo, de política a sexo. Quis celebrar a amizade intergeracional, algo que deveria existir mais”, afirmou em entrevista à rede PBS. As atrizes Erin Kellyman e June Squibb em cena de “Eleanor the great” Divulgação A atriz June Squibb, que completa 96 anos no próximo mês, interpreta a irreverente Eleonor, que enfrenta o luto pela morte de sua melhor amiga, Bessie, com quem vivia na Flórida depois de ambas enviuvarem. A perda devastadora a faz se mudar para Nova York, para morar com a filha e o neto. Para distrair a mãe, Lisa, interpretada por Jessica Hecht, a matricula num coral, no clube da comunidade judaica local. Por engano, Eleanor acaba entrando numa sala onde sobreviventes do Holocausto compartilham suas experiências. Johansson, que é judia e teve parentes mortos no gueto de Varsóvia, optou por não escalar atores para essas cenas. Em vez disso, convidou pessoas que realmente passaram pelos campos de concentração para interpretarem a si mesmas. Embora não tenha vivido esse trauma, ela narra a história de sua amiga Bessie – esta, sim, uma vítima do regime nazista – como se fosse sua. A mentira amarra toda a trama: Nina (Erin Kellyman), uma estudante de jornalismo de 19 anos que acabou de perder a mãe, pede para escrever um artigo sobre a idosa. Apesar da diferença de idade, o luto as aproxima. O filme mescla momentos de humor (para manter o vínculo, Eleonor vai se embrenhando cada vez mais em suas mentiras) e de emoção. Além de dizer à jovem amiga que se sente igualzinha a como era aos 16 anos, ensina: “você tem que falar sobre as coisas que te deixam triste. Os judeus fugiram da Polônia e nunca falavam sobre o que enfrentaram no nazismo. Apenas seguiam em frente. Isso pode ser bom, mas também te come viva por dentro”. Nesse link, você pode assistir ao trailer. Scarlett Johansson ao lado da avó, Dorothy Sloan, a quem dedica o filme Divulgação Scarlett Johansson diz que acha bom estar entre as mulheres mais sexys do mundo
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